Abraços e acolhimento marcam ação do Setembro Amarelo na Uniderp

 Atividade promovida por acadêmicos reforçou a importância do diálogo e do autocuidado na prevenção ao suicídio


Acadêmicos distribuíram materiais  informativos sobre 
saúde mental Foto: Marcio Magalhães

Por Angelica Sigarini


“Quem quer um abraço?” Com essa pergunta, acadêmicos de Enfermagem e Psicologia da Uniderp receberam alunos e colaboradores da instituição. A ação, que aconteceu nessa terça-feira (17), integra a programação do Setembro Amarelo, campanha nacional de prevenção ao suicídio.


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no mundo. Entre jovens de 15 a 29 anos, a prática já é a quarta principal causa de morte, atrás apenas de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal. No Brasil, os números também preocupam: entre 2011 e 2022, a taxa de suicídio entre crianças e jovens de 10 a 24 anos cresceu cerca de 6% ao ano. No mesmo período, as notificações de autolesões tiveram aumento médio de 29% ao ano.


Na universidade, a atividade contou com o apoio das coordenações dos dois cursos. Para a professora Janaina Paes, do curso de Enfermagem, trazer o tema para o ambiente acadêmico fortalece o cuidado coletivo. “O Setembro Amarelo é um momento importante de reflexão. Trazer isso para dentro da universidade contribui para que nossos alunos sejam agentes de cuidado também no dia a dia”, afirmou.


A acadêmica de Enfermagem Bianca da Silva Roque destacou a experiência como transformadora. “A gente aprende a olhar para as pessoas de uma forma mais humana. Nossa ação começou com abraços logo na entrada da instituição. Alguns aceitaram de imediato, outros ficaram mais tímidos ou estavam com pressa, mas, no geral, a participação foi muito receptiva”, contou.


Acolhida contou com abraço  e escuta.
Foto: Marcio Magalhães


A professora Gislene Campos, coordenadora do curso de Psicologia, ressaltou a importância de estimular o diálogo e o autocuidado. “Além do acolhimento, queremos reforçar que procurar ajuda é fundamental e que a universidade é um espaço aberto para essa escuta. É importante falar sobre saúde mental, incentivar o autocuidado e que cada um pare para olhar para si, reconhecer suas emoções e sentimentos”, explicou.


Alunos compatilharam mensagens de apoio.
Foto: Marcio Magalhães

Também participante da ação, Luciana Garcia Gabas, acadêmica de Psicologia lembrou que o papel do profissional é escutar e acolher. “Muitas vezes, nossas dores não são apenas físicas, mas também emocionais. Compartilhar esses sentimentos ajuda a enfrentar os momentos difíceis e lembrar que ninguém está sozinho. O psicólogo auxilia justamente nesse processo, ajudando cada pessoa a encontrar caminhos para superar seus problemas”, concluiu.

A ação do Setembro Amarelo também foi realizada no período noturno, ampliando a participação da comunidade acadêmica da Uniderp.